Um Portimonense de fé…
Quando Paulo Sérgio chegou ao comando, já o Portimonense tinha tido dois treinadores no banco sem grande sucesso. O “efeito Paulo Sérgio” não teve o efeito imediato desejado e dois empates caseiros em quatro jogos não auguravam nada de bom. A descida à 2ª Liga parecia ser o destino do Portimonense esta temporada…
A pandemia acabaria por interromper o campeonato e a expectativa de anulação da prova e a possibilidade de não haver descidas, rapidamente deu lugar ao sentimento que a manutenção teria que ser conquistada nas quatro linhas, até porque em países onde não se voltou a competir (França, Holanda e Bélgica) a classificação que se verificava no momento acabou por ser homologada como a definitiva.
As impressões no primeiro jogo após a retoma, diante de Gil Vicente, não foram as melhores, mas o pontapé de pura inspiração de Lucas Fernandes parece ter sido o grito de revolta de um grupo até então condenado!
Esta “Liga pós-Covid”, como tem sido chamada, tem-nos mostrado acima de tudo uma equipa com crença, unida, que não vira a cara à luta. Se em alguns jogos fomos bafejados pela sorte e em outros nem tanto, esta equipa tem deixado tudo no campo.
Podemos discutir o aumento de forma de alguns jogadores, a influência de Paulo Sérgio, entre outros factores, mas eu acredito que esta recuperação tem dedo divino! Quando parecíamos andar à deriva e sem salvação possível, algo nos manteve vivos, algo nos manteve à tona quando o naufrágio parecia iminente.
“A fé tem caminhos que a razão desconhece”, e, acima de tudo, acho que o Portimonense começou a acreditar!